Mano eu jurei que nunca mais Fingiria nessa porra e que se foda a paz E se eu deixei tudo pra trás, meu mano Na verdade foi o que nunca me importou Mas sempre suportei E eu nunca precisei de um substituto Pra sonhos triturados mesmo quando eu tava confuso E o que me assusta mais do que o mundo do homem branco Adulto? O que me assusta são minha vozes dizendo foda tudo Escravos satisfeitos, falsos revolucionários E ainda eu sou o julgado por não tá no automático? Todo mundo é burro, discussões longas em vão Todo mundo é feio, espelhos quebrados ao chão Ou todo mundo preso ao medo, e foda-se a tradição E foda-se a tradução dos malditos sentimentos Rimas, gírias e vadias rondando o pensamento Pensar demais é tá no eterno confinamento Lembro do verbo inverso, vejo como o tempo passa Que acima de tudo o rap conseguiu sair das praça Aos poucos dominando o braza Vários não percebem que ignorância mata Me revolta essa postura, tipo ideologia fraca Não, não posso fazer nada Se só consigo me mudar Sonhei, corri, não desisti e agora eu tô chegando lá Não quero fazer grana, muito menos ter vários carros Quero o bem da minha família e conquistar o meu espaço Não falo, eu faço E se fizer faço bem feito, posso até assinar em baixo Não me faço de capacho, minhas conta eu memo pago Satisfações eu não te devo Apertou, corri dobrado Não sei bem se é golpe de estado ou se Se esconde toda a verdade Para que ninguém tenha a certeza que se favorece de ambos os lados