Ser humano é viagem Correnteza imunda Que beira à margem Depois vaga e afunda E vai de arrasto A um grande mar Um coração vasto Que possa amar Sem se perder Na escuridão Sem se manchar Na podridão Esse mar Eu vos revelo Ó, super-homem Forte e belo Afundo o desprezo No mar sem fim No fundo, deixo peso Todo que há em mim Do alto da montanha A alma vê, a força nasce No que há de ser Do alto da montanha A alma vê, a força nasce No que há de ser Minha alma é Clara e sadia Como o Sol que Rompe a manhã vazia E num rompante Sou cômico cruel De riso cortante E amargo como fel E você me olha Com olhar que fere Um rancor gelado Que nunca digere No espelho da alma Vejo frieza e dor Atravesso com calma E espalho meu calor Afundo o desprezo No mar sem fim No fundo, deixo peso Todo que há em mim Do alto da montanha A alma vê, a força nasce No que há de ser Do alto da montanha A alma vê, a força nasce No que há de ser No drama do homem Que teme viver Super-homem, a canção Ensina a renascer Entre o riso amargo E a fúria no olhar Há um mar profundo Que pode tudo limpar Na correnteza Dramas modernos Buscamos luz Nos instintos eternos Quem ousará Ser o que deve ser Afundando o ódio Para renascer? Afundo o desprezo No mar sem fim No fundo, deixo peso Todo que há em mim Do alto da montanha A alma vê, a força nasce No que há de ser