Cigarrim de cravo Açúcar mascavo Golim de café Que ninguém é de ferro Volta e meia eu berro Grito: Não sou escravo! Do seu projeto maluco Praga de dá em milho E deixarsóocapuco Tiraram-me toda terrinha Morada de meu avô Conhecido zé pequeno Pequeno lavrador Homem simples Pobre trabalhador Nascia antes do Sol Pra plantar e pra colher E comerdoseusuor Hoje me chamam de sem terra -Sem teto, na cidade! Jogam-me na marginalidade Sem lenço e o documento Nãotemnenhuma validade O que vale aqui é a vaidade E o desejo consumista Que adoeceahumanidade Sempre foi tanta ganância Grileiro acobertado Latifúndio e intolerância Campesinoameaçado Foi só morte mandada Friamente planejada Por oficiais eajagunçada Expulso da natureza Do lugar ondenasceu Sem jamais ter a certeza De ter de volta o quefoiseu No lugar que havia paz Hoje é só perseguição Plantar não se é capaz Tudoédamineração Leva o ouro e tira o couro Mata o rio antes perene Da barragem vem estouro Corra ao toque da sirenê, iê, iê, iê!