Botei o pó na chiculateira Coei todo café no búli Tomei um gole e fui pra feira Ouvir repente com búli-búli Juntei a fome e a vontade de comer Dei um pulo em antonio cardoso Peguei a estrada e fui lá ver O licutixo, um samba maravilhoso Cantado em língua ligeira De santo estêvão a conceição da feira Rega búli, regador Regue a raiz do samba Regue o som do sambador Teve até cantoria de viola Simples como a natureza Na embolada, ele não embola Espanta toda tristeza Cordél que cura até gagueira Do sertão à beira-mar O repente não tem fronteira Da Bahia ao Ceará Rega búli, regador Regue a raiz do samba Regue o som do sambador Cordealizando a canção Mestre búli e téo azevedo Bateram pandeiro, tocaram violão Até inchar os dedos Do mindinho até o dedão Só não deixei de sambar Com os cantadores da terra do Sol Porque não cheguei a cansar Sambei de dia até o aarrebol Sambei até a noite chegar Rega búli, regador Regue a raiz do samba Regue o som do sambador De repente tomei o café todinho Do búli fiz um regador Pra molhar o jardim da vida Regar a mais linda flor A minha rosa, minha querida Rega búli, regador Regue a raiz do samba Regue o som do sambador