Eu nasci Às margens do rio Tapajós Na sanguinária mundurukânia Eu cresci Como formiga de fogo Forte, valente e Destemida Munduruku A caçada começa Na espreita o bote Guerreiro valente Não teme a morte No rosto a pintura De urucum, Munduruku Feito onça pintada De presa afiada Na busca implacável Na mata à rugir Os mushaxanim Tocam a parasuy O cativo é capturado Pelo ventre é arrastado No rito sagrado Então será degolado O cativo é capturado Sangue mura será jorrado A aldeia enfeitada Regressão é celebrada O inimigo abatido Tem a cabeça cortada Lua cheia de sangue no céu A cabeça na lança é um troféu Dos filhos de Karú Sou ceifador, sou impiedoso Munduruku