Minha sina de Deus é levar O pote de mel adoçado no mar Ver justiça na terra e no céu E provar que o juiz e o réu têm a carne do mesmo tecido Bebo água no rio de amor e na fonte do que faz sofrer Seja onde for, posso ver com a clareza do olhar de Xangô ou com os olhos de um cego perdido Eu apareço e não quero ninguém pra me chamar Sou mesmo assim desde o tempo que o dia amanheceu Se Oxalá dá a vida pra quem vai caminhar Quem vai na frente riscando o caminho sou eu Não tenho boca pra não confessar o que falei Nem coração pra não ter que provar da minha lei E quando vi o Messias pregado numa cruz Tracei o futuro até mesmo de Jesus Sou o destino Eu sei de tudo E só quem sabe de mim é o dono do mundo A minha história não tem começo Não tenho cara Nem mesmo eu me conheço