Aperte o botão Repita o padrão Seja eficiente Não pare, não pense Relógios gritam sem parar O tempo é rei, não vai esperar Pés correndo, olhos vazios Corações presos em desafios Linha de produção emocional Tudo tem que ser funcional No ritmo da máquina Eu me perco, me programo Sou mais um entre mil Girando no mesmo pano No ritmo da máquina O silêncio é proibido Cada batida é um comando Pra eu fingir que ainda vivo Sonhos viram dados no ar Pulsos medem como amar Entre o sim e o nunca mais Escolhas vêm pré-fabricadas demais Rostos cansados, vozes em ruído O humano virou sentido perdido No ritmo da máquina Eu me perco, me programo Sou mais um entre mil Girando no mesmo pano No ritmo da máquina O silêncio é proibido Cada batida é um comando Pra eu fingir que ainda vivo Erro. Falha. Reiniciar Pra onde vão os que cansam de marchar? Há vida fora do ciclo industrial? Ou só mais metal? No ritmo da máquina Eu me quebro e continuo Sou só peça que respira Num sistema sem futuro No ritmo da máquina Sigo andando sem destino Mas no fundo, lá no fundo Ainda resta um grito mínimo