Caminho entre cantos que nunca escolhi A tocha que montei se perde dentro de mim Soluções amarradas nos fios da tradição E eu sigo questionando a forma da devoção Me disseram que o certo é sempre seguir Que dúvida é queda, que pensar é fugir Mas meu pulso insiste em mudar de direção Meu passo se recusa a entrar no caminho deles Eu sinto a serpente da fé me cercar Rodeia devagar, tentando me guiar Mas o transe que ela faz não vai me prender Eu abro os olhos, não deixo me vencer As normas que tentaram me convencer Não falam com a forma que eu quero viver Entre hinos que pesam e regras sem porquê Eu quebro o silêncio pra renascer Dizem que é perigoso duvidar Que minha mente deve se calar Mas meu peito acende outra direção Não aceito soluções sem explicações Eu sinto a serpente da fé me cercar Rodeia devagar, tentando me guiar Mas o transe que ela faz não vai me prender Eu abro os olhos, não deixo me vencer Se me chamam pra seguir o ritual Eu rompo o ciclo feito pra ser igual Minha verdade ninguém vai reescrever Eu tomo o templo pra me proteger Eu sinto a serpente da fé me cercar Rodeia devagar, tenta me moldar E mesmo consciente, posso me perder Entre o impulso de ficar e o medo de ceder