Pinote do Garrote Meu cantar trás muito do meu jeito Nordestino que é tão simples Tal igual é uma canção de lá Trás o som da fala do norte Minha mãe, a minha terra O nordeste é meu lugar Olha o pinote do garrote Dento da mão do vaqueiro Olha o gemido da viola No dedo do violeiro Não há luz de candeeiro Nem pavil de lamparina Nem lampejo derradeiro Nos olhos dessa menina A forma do olho d'água É o rastro que a cobra deixa Do lado que a faca corta Só se vê o desemprego Cuidado vaqueiro! Pegando boi pelo rabo Na derrubada do gado Tem que saber vaquejar Cuidado vaqueiro! Boi mando é que nem garrote Pulo de boi É pinote danado pa derrubar Cuidado vaqueiro! Boi manso é que nem garrote Pulo de boi É pinote danado pa derrubar Nem toda palavra é certa Nem toda certeza é conta Nem toda faca é de ponta Nem todo sal tá no mar Nem toda Lua é de prata Nem todo chão é deserto Nem todo momento é certo Pra você me provocar Venha cá você e diga Quatro vezes sem errar Couro de vaca é vaqueta Boi manso é que nem garrote Pulo de boi é pinote Danado pra derrubar Couro de vaca é vaqueta Boi manso é que nem garrote Pulo de boi é pinote Danado pra derrubar