Nada é pra sempre Nada é eterno Nem tortura e decreto Nem ternura e afeto Pensa bem Quando a gente puder se tocar de novo Eu vou entrar no meio do povo E só pra te encontrar E meu bem Eu vou segurar sua mão pela cidade Eu vou enfim te beijar de verdade E só me demorar Como tudo isso demorou... Ó mundo Ó mundo Tenha paciência Com a nossa ignorância A gente tem muita crença E dá pouca importância À você Nada é pra sempre Nada é eterno Nem o chão e o teto Nem o errado e o certo E ela vem Dizer que em maio o céu é mais bonito E eu concordo da janela que eu vivo E só o que eu vejo Ninguém Vê que isolada eu to sofrendo com gêmeos Em meu sol, marte e vênus E só, sozinha comigo Como ninguém tá junto... Ó mundo Ó mundo Tenha paciência Com a nossa ignorância A gente tem muita crença E dá pouca importância À você Nada é pra sempre Nada é eterno Nem o mar e o deserto Nem o abstrato e o concreto Alô, Diz alguém do outro lado da linha Como é aí onde você mora? Eu quero me sentir menos sozinha Será que o mundo parou lá fora? George Orwell escreveu isso? A distopia da nossa era Quem poderia ter previsto? Eu ouço música sair da janela Ó mundo Ó mundo Tenha paciência Com a nossa ignorância A gente tem muita crença E dá pouca importância À você Nada é pra sempre Nada é eterno Nem o óbvio e o incerto Nem o longe e o perto