Canta, Mocidade, a voz feminina Por toda menina da vila vintém Na luta pela liberdade Independente não teme ninguém! Nossa senhora da sagrada liberdade! Bateu saudade da mutante mais bonita Eu fiz um samba pra ficar na eternidade Empodera Mocidade, nos acordes para Rita! Ela zombou do falso moralismo Quando a beira do abismo o país tava nublado E a Tropicália foi o sol da resistência Era ruiva a providência de um tempo amordaçado É som obsceno que beira a loucura Um tanto divino, metade animal Num frasco pequeno: Veneno e doçura Beber bossa nova é viver carnaval Solo de guitarra, rebeldia Essa mania de você Amar por telepatia ou não? Até gozar de prazer Ali entre a dor e a malícia Correria da polícia: Reza fora da cartilha A Lee da madeixa vermelha A ovelha negra de toda família Aquela que lançou perfume Quebrou a balança dos velhos costumes Oh santa feiticeira dos altares! No ilê de Elza Soares Que brilhou Elis Regina Ilumine essas filhas de Padre Miguel Dê a elas o poder Enfim o que nos resta É arrombar a festa Vamos fazer um auê!