Cheque sem fundo, voador Se colar, colou Borrachudo No outro dia fui no banco pra descontar O cheque de um cara que resolveu me pagar Estava durão, sem nenhum tostão Sonhando com aquela grana na mão Parecia mentira, eu nem acreditava Saindo dali eu ia fazer uma farra Aí a caixa veio com um papo pra mim Um papo esquisito que dizia assim Por favor senhor, sua identidade! Preciso conferir, o que vale é a assinatura Ele assinou, a caixa carimbou Cheque sem fundo, voador Se colar, colou Borrachudo A caixa voltou e disse Sinto muito senhor, esse cheque não tem fundos! É conta encerrada, eu não posso fazer nada! Nada? Nada! Mas como, gente boa? Eu preciso receber Tenho contas pra pagar e bocas pra comer Senão, ó, eu vou ter que apelar E um voador eu vou lançar Já que a onda é Cheque ouro, cheque verde, cheque especial Cheque quente, bate-pronto, cheque digital Cheque sem fundo, voador Se colar, colou Borrachudo