Passei a noite em claro, sem pegar no sono Meditando sobre tudo, tentando encontrar o dono Das feridas que carrego, elas não se curam O medo me consome, confunde o que é real, me amargura Tentei ir fundo, mas você tinha medo Agora quem não quer sou eu, isso é um segredo Minhas paredes se fecham, sem confiança, sem controle O peso é demais, mas eu sigo, esse é meu papel, meu console Por quanto tempo vou deslizar, separado de mim? Eu não acredito que seja assim Um corte na alma é tudo que eu tenho Mas sigo em frente, apesar do veneno Por quanto tempo vou deslizar, separado de mim? Eu não acredito que seja assim Um corte na alma é tudo que eu tenho Mas sigo em frente, apesar do veneno O desconforto é meu companheiro, me distrai Reajo contra o reflexo, o medo é o que me atrai Cada cigarro que fumo, tentando esquecer A sua voz ainda ecoa, me faz enlouquecer Preciso levar isso para o outro lado, mudar de direção Mas a pressão é intensa, sinto a contradição Minhas feridas abertas, elas não irão cicatrizar Confuso sobre o que é real, só quero escapar Por quanto tempo vou deslizar, separado de mim? Eu não acredito que seja assim Um corte na alma é tudo que eu tenho Mas sigo em frente, apesar do veneno Por quanto tempo vou deslizar, separado de mim? Eu não acredito que seja assim Um corte na alma é tudo que eu tenho Mas sigo em frente, apesar do veneno A noite passa, o dia vem, e ainda estou aqui O cinzeiro cheio, despejo minha dor sem desistir Uma estrela escarlate em minha cama, ela sangrou Mas preciso seguir, levar isso para onde o futuro me levou Entre cicatrizes e reflexos, busco o controle Navegando nesse mar de dúvidas, sem consolo Vou deslizando, tentando encontrar meu lugar Mesmo separado de mim, ainda vou lutar Por quanto tempo vou deslizar, separado de mim? Eu não acredito que seja assim Um corte na alma é tudo que eu tenho Mas sigo em frente, apesar do veneno Por quanto tempo vou deslizar, separado de mim? Eu não acredito que seja assim Um corte na alma é tudo que eu tenho Mas sigo em frente, apesar do veneno Eu grito, mas ninguém ouve, estou preso em mim mesmo Mas vou continuar, buscando o lado certo do abismo Mesmo que as cicatrizes não curem, sigo adiante Entre reflexos e sombras, sou meu próprio gigante