Havia um homem com sede do Céu Trazia nos olhos o brilho fiel Mas não bastava saber a direção Era o modo de andar que lhe acendia o coração A estrada era longa, cheia de espinhos Com muitas vozes e muitos descaminhos Mas ele escolheu trazer a Verdade como bastão E dar um basta na escuridão Sendo, em cada passo, um bastião Pois há vitórias que ferem os justos E conquistas que são derrotas Quem honra ao Senhor Não pisa no atalho Nem abandona o caminho da cruz Os fins não lavam os meios É o passo que revela o espírito Quem deseja subir até o Alto Deve segurar nas mãos da justiça O Caminho é também sacrifício E o altar não aceita mentira Vieram vozes dizendo: É teu! Mas ele lembrava o que o Mestre escreveu O Reino não é de quem toma à força Mas de quem serve com fé e resposta Negou o ouro, negou o trono Preferiu a Verdade ao engano Pois o Céu não se compra com preço terreno É ganho por quem trilha o Caminho eterno Senhor, meu fim é Teu altar E ouviu a voz do trovão Que ecoa o brilho do clarão Então pisa com verdade no chão Cada pedra será testemunha E Eu verei se Me trazes no coração E Eu verei que Me trazes no coração Os fins não lavam os meios É o passo que revela o espírito Quem deseja subir até o Alto Deve seguir no caminho da justiça O Caminho é também sacrifício E o altar não aceita mentira Chegou, enfim, sem glória de homem Mas com a Luz pulsando no coração E o Alto, que só recebe o puro Acendeu-lhe em um novo clarão