Cargos interfaciais Rostos móveis anti-pais Termos, fama, ideais Cada dia eu sei não sou como eu Gente que canta na louça Gente que pra rir faz força Gente, bicho, cada coisa Cada dia eu sei não sou como eu Interpolos pele igual Massa, osso, outro animal Inconsequente moral Grandes nações ainda são como eu Prenda-me na grande jaula e Me observem na sacada Olhem pra mim vocês são como eu Não me fez sair da minha casa até aqui Com a água rasa eu me afoguei Nessas mentiras Vão até a pia E todos olhem para a rua E percebam o quanto ninguém vale nada Enquanto pedra lá chorava Seu coração feito d’água Me viu mal e não fez nada Me deixou preso na jaula Quando eu sair vou tá mais alto que as estrelas Mais fundo que o mar E quebrando todas as barreiras Da sacada a qual vão pra me observar Cair Eu volto pra minha casa e faço todos de reféns Em suas almas que não lutam nem por (Si) em vidas que não vivem por extinto Sobra sempre alguém faminto Mas agora todos vão ter que me digerir