Bará! Mojubá, Agoyê! Fez da Calunga Grande, oceano de dendê Bará! Mojubá, Agoyê! É boca que tudo come É olho que tudo vê Arreda que Exu abre caminhos Arreda pra Exu movimentar Quem duvidar do meu Camisa Sem patente ou divisa Não se mete com Eleguá Ê Laroyê, ê Laroyê Nos mercados e nas festas escutei a gargalhada Ê Laroyê, ê Laroyê E no chão da minha escola assentei tua morada Ontem caiu uma pedra lá fora Que Exu só vai jogar agora Bota farinha e marafo no padê Bate paô, quero ouvir alupandê Eu sou da rua, macumbeiro sim sinhô Quem me guarda é Capa Preta, Tranca Rua e Marabô Gira saia pombogira, soberana ela é Quem carrega uma Padilha sabe a força da mulher Cemitério é praça linda Mas ninguém quer passear Contra todo preconceito Deixa Nganga trabalhar E a Barra Funda, berço da malandragem Se espelha na coragem Do seu Zé e da Navalha Quem bota fé nesse trevo campeão Tem amor ao pavilhão E a certeza que a macumba nunca falha Mojirê Lodê Elegbará Mojirê Lodê Elegbará O teu feitiço não me pega nem no tranco Eu sou mais o Exu catiço Do Camisa Verde e Branco