Não bastasse acordar e ver A bagunça está no mesmo lugar Me revolto quando ligo a TV E a bagunça está no mesmo lugar E o que faço? Outro dia um professor me falou Que uma causa eu preciso abraçar Que sou produto de um sistema opressor E o problema vem de outro lugar Ontem eu briguei com meus pais Eles não entendem meus ideais Quando minto tenho justas razões E eu não faço como aqueles jornais Não, não, não Eu já sei o que preciso fazer Se em Brasília a sujeira é total Vou pintar a minha cara e dizer Os políticos são causa do mal Eu nunca jogo lixo no chão Salvo vidas de um planeta animal Vidas valem, mas existe exceção O bebê que quer chegar sem sinal Nunca percebi que sou eu Também causa da doença Justiceiro longe de fariseu Só faço o mal que ao bem compensa Na na na, na na na, na na na Quem nunca furou a fila ou cantou fora do tom? Na na na, na na na Pra que pintar a cara e fingir que é bom? Na na na, na na na na Quem nunca falou mentira abaixe a mão Na na na, na na na na O problema desse mundo tá no meu coração Diário de um revolucionário Todos guardam esqueletos no armário O drama de um revolucionário Da doença o Ser humano é mostruário Na na na, na na na E a bagunça continua no meu quarto Na na na, na na na O problema desse mundo é do meu coração Na na na, na na na, na na na E a bagunça está no mesmo lugar