Sê tu meu Guia, ó Cristo; estou medroso De andar sozinho pela solidão; Sê tu meu Guia, e o ermo pavoroso Já não será lugar de escuridão. Sê tu meu Guia; leva-me a teu lado, Pois junto a Ti desejo estar, Senhor; Que por teu braço estando assim firmado Não hei de tropeçar nem ter temor. Sê tu meu Guia, em tempo radiante, Ou na bonança, ou mesmo em temporal; Sê tu meu Guia, que eu prossiga avante Sem me afastar do rumo divinal. Sê tu meu Guia, até que tenha entrada Na casa paternal, no céu além; Ali, sem fim, minha alma descansada Terá contigo seu eterno bem.