Em um quarto de hotel Loucamente apaixonado Eu estou desesperado Feito uma estrela sem o céu Sei que já é madrugada E o meu sono que não vem Será que me convém Sair assim cortando estrada Conversando com a solidão Pra encontrar um certo alguém Será que me convém Ou tudo acabe dando em nada Se ontem, eu por lá passei Saudade me apertou Mas não parei Minhas mãos grudaram Firmes no volante E o carro acelerei Eu quis fugir do destino Fugir da realidade E sufocando a saudade Aquela cidade Fui deixando pra trás É que esse meu desatino É uma mulher envolvente Amor diferente Olhar de serpente É o doce veneno Que me satisfaz Eu tô perdido num olhar que cega Nessa paixão eu já perdi as rédeas E vai doer, eu sei que vai, vai machucar Vai doer menos se eu aceitar Procurei ouro onde só tinha pedra Alguém que parecia o que não era Paguei pra ver, eu vi tudo e um pouco mais E foi pra guerra um coração em paz Brinquei com fogo, chamei o perigo Numa cilada que eu quis entrar Se é pra chorar eu choro, mas choro sozinho embaixo do chuveiro Ninguém viu e nem vai ver o desespero Saiba que esse gosto eu nunca vou te dar Se é pra chorar eu choro, quem me vê na rua diz que eu sou de aço Ninguém sonha a metade do que eu passo É questão de tempo eu sei que vai passar Se é pra chorar eu choro Um, dois, três, quatro copos Já virei todos de uma vez Pra acabar, quero ver essa mágoa não passar Quero ver a tristeza no fundo do copo se afogar Mas pode ficar sossegado Tudo o que eu tô bebendo eu tô pagando Toca aí um João mineiro e marciano Tô sofrendo, mas tá passando Mas pode ficar sossegado Que eu não sou daquele tipo inconveniente Minha história é tão comum, igual de tanta gente Ainda ontem chorei de saudade Quantas noites E quantas garrafas preciso beber? Pra tirar do meu peito Essa mágoa, pra te esquecer Mas pode ficar sossegado Tudo o que eu tô bebendo eu tô pagando Toca aí um João mineiro e marciano Tô sofrendo, mas tá passando Mas pode ficar sossegado Que eu não sou daquele tipo inconveniente Minha história é tão comum, igual de tanta gente Ainda ontem chorei de saudade Quantas noites E quantas garrafas preciso beber? Pra tirar do meu peito Essa mágoa, pra te esquecer