Antes mesmo de Cristo ser pregado no madeiro O povo já sofria nas mãos dos poderosos primeiros Faraó com seu chicote, império com seu rancor A liberdade era sonho, o cativeiro era a dor Nas aldeias, nas montanhas, nos desertos da fé Sempre teve alguém lutando, mesmo sem ter um porquê Cada lágrima caída virou raiz no chão E o sangue inocente alimentou a rebelião Antes mesmo de Cristo ser pregado no madeiro O povo já sofria nas mãos dos poderosos primeiros Faraó com seu chicote, império com seu rancor A liberdade era sonho, o cativeiro era a dor Nas aldeias, nas montanhas, nos desertos da fé Sempre teve alguém lutando, mesmo sem ter um porquê Cada lágrima caída virou raiz no chão E o sangue inocente alimentou a rebelião Desde antes da cruz, já gritava a dor Dos que vivem na margem, sem vez e sem cor Mas a chama resiste, o tambor não se cala Quem nasceu pra ser livre, não aceita bengala Desde antes da cruz, já gritava a dor Dos que vivem na margem, sem vez e sem cor Mas a chama resiste, o tambor não se cala Quem nasceu pra ser livre, não aceita bengala Vieram navios negreiros, cruzando os mares da morte Roubando filhos da África, virando escravo e açoite Mas nos quilombos nasceu força, nasceu união Palmares se ergueu com alma e coração Depois foi o camponês, o operário, o favelado Chamaram de subversivo quem queria um pão ao lado Nos porões da ditadura, no silêncio da prisão Tanta dor virou canção, tanta luta virou oração Vieram navios negreiros, cruzando os mares da morte Roubando filhos da África, virando escravo e açoite Mas nos quilombos nasceu força, nasceu união Palmares se ergueu com alma e coração Depois foi o camponês, o operário, o favelado Chamaram de subversivo quem queria um pão ao lado Nos porões da ditadura, no silêncio da prisão Tanta dor virou canção, tanta luta virou oração Desde antes da cruz, já gritava a dor Dos que vivem na margem, sem vez e sem cor Mas a chama resiste, o tambor não se cala Quem nasceu pra ser livre, não aceita bengala Desde antes da cruz, já gritava a dor Dos que vivem na margem, sem vez e sem cor Mas a chama resiste, o tambor não se cala Quem nasceu pra ser livre, não aceita bengala De Moisés a Zumbi, de Jesus a Dandara De Malcolm a Marielle, a história nunca para O sistema é cruel, mas a fé é raiz E a justiça do povo é o que nos faz feliz Desde antes da cruz, já gritava a dor Dos que vivem na margem, sem vez e sem cor Mas a chama resiste, o tambor não se cala Quem nasceu pra ser livre, não aceita bengala Desde antes da cruz, já gritava a dor Dos que vivem na margem, sem vez e sem cor Mas a chama resiste, o tambor não se cala Quem nasceu pra ser livre, não aceita bengala