(Boi Caprichoso) Meu boi é preto sim, negro, mestiço e caboclo E o dono dele é o povo Nasceu na rua, livre, leve e solto Pra quem quiser brincar, tá aí o Caprichoso Boi de rua, terreiro e quintal De aldeias, quilombos e vilas, o brinquedo do povo da ilha Que tornou-se semente ancestral de sonhos para florescer em lutas Resistência e revolução Meu amor, meu boi, meu céu de amor É do povo, é da rua, é da ilha, é do mundo Meu amor (meu boi), meu santo É do povo, é da rua, é da ilha, é do mundo O tambor vai rufar! Olha o boi Olha o boi Olha o boi, galera do Boi Caprichoso Pode avisar que eu tô chegando Pode avisar que eu tô passando Eu sou assim, eu tô aqui Pra brincar o boi Um, dois, três, vai! Pode avisar que eu tô chegando Pode avisar que eu tô passando Eu sou assim, eu tô aqui pra brincar o boi O meu panavueiro no meio do terreiro O povo parece criança na hora do boi Não quer mais parar (isso é o Caprichoso) Abre um sorriso E abraça quem tiver do seu lado Abre um sorriso E abraça quem tiver do seu lado E segura na mão dela E junto com a galera Sai do chão E deixa essa camisa azulada Molhada de suor No tambor vem a pancada Vai balançar (vai, vai), extravasar (vai, vai) Caprichoso é meu boi É meu, é teu, de quem quiser E deixa essa camisa azulada Molhada de suor No tambor vem a pancada Vai balançar (vai, vai), extravasar (vai, vai) Caprichoso é meu boi O meu panavueiro no meio do terreiro O povo parece criança na hora do boi Não quer mais parar (a selva azul e branca) Abre um sorriso E abraça quem tiver do seu lado Abre um sorriso E abraça quem tiver do seu lado (Vem brincar de boi) E segura na mão dela E junto com a galera Sai do chão E deixa essa camisa azulada Molhada de suor No tambor vem a pancada Vai balançar (vai, vai), extravasar (vai, vai) Caprichoso é meu boi É meu, é teu, de quem quiser E deixa essa camisa azulada Molhada de suor No tambor vem a pancada Vai balançar (vai, vai), extravasar (vai, vai) Caprichoso é meu boi Caprichoso é o nosso boi