O troar do maracá rege o levante da vida Para demarcar em arte a consciência universal Frente ao colonialismo, a violência e a opressão É tempo de retomada! Contra o racismo, a desigualdade e a intolerância É tempo de retomada! Em combate ao fogo, a queimada Chão roubado a mão armada É tempo de retomada! Retomar a língua, nossos nomes a cultura e o bem viver Nossa história, a memória de quem faz acontecer Retomar a força, a beleza, nosso brio Identidade, o amor pela mãe terra, bem comum da humanidade Pois somos e sempre seremos a vida O alimento, o som, a cura e a liberdade Somos mulheres samaumeiras, curumim boto Cunhantã onça e homem gavião E desse sagrado chão brotaremos em canção Pois somos sementes de luta e revolução Somos o Boi Caprichoso E no rufar do tambor da marujada É tempo de retomada!