Deixa-me falar de amor Cansei de falar a língua do abismo Vou atrair o romantismo Quero dizer que te amo e ser um eufemismo Quero dizer que te amo Não ter espaço na barriga Pra tanta borboleta Ter juízo e ainda assim perder a cabeça Quero-te entre as minhas pernas E sentado à minha mesa Ver-te todos os dias e sentir saudade à mesma Uma casa, um sítio, um espaço que é da gente Sentir que é pouco tempo ser pra sempre Uma janela e o campo à nossa frente Colher a flor e saber ser semente Deixa-me falar de amor Cansei de falar a língua do abismo Vou atrair o romantismo Quero dizer que te amo e ser um eufemismo Quero dizer que te amo O amor não é cego por ser inconsciente Só que é tudo mais bonito quando se olha pra dentro E eu gosto mais de mim quando tu tas por perto Eu que achava que não tinha conserto É concreto e abstrato, o campo semântico é romântico e é vasto Quero te tanto é orgânico e é mágico Perder-te no entretanto é trágico e eu traio a minha auto sabotagem Amar é para quem tem amor e para quem tem coragem Tenho mais sonhos que bagagem amor, tenho fé na nossa viagem Deixa-me falar de amor Cansei de falar a língua do abismo Vou atrair o romantismo Quero dizer que te amo e ser um eufemismo Quero dizer que te amo