Que mulher! Essa esfinge que nasce da minha voz Esse sonho que cresce da minha mão Canção de carne pedra e vento E foram séculos de areia E com pétalas do abismo E os perfumes do trigo Faço essa mulher Que mulher! Não tem fim e ainda assim vou retocar Não tem fim e ainda assim vou detalhar Canção de sangue pedra e mundo E entalho fundo uma veia E com labirintos da Espanha E Orientes do Éden Sonho essa mulher Ousaria lembrar Ela a que cantará? Haveria de nos lembrar que estivemos lá? Que mulher! Não tem fim e ainda assim ai dói-me luz Não tem fim e ainda assim oi dou-lhe voz Canção de sonho pedra e tempo E continuo eia! Eia! Com a joia em fogo dos mares E as abelhas da ilha Canto essa mulher Ousaria lembrar Ela a que cantará? Haveria de nos lembrar que estivemos lá?