Equilibro A vida e o amor por ela E me assiste da primeira fila E oscila como eu na corda E me borda iniciais Nesses lenços que enxugam O meu suor De equilibrar na corda E olha que é meu prazer e meu pavor (O silêncio é essencial) (Nem mosquito, nem ninguém mastigando as pipocas, amém) Mas Se ela não cumprir o seu papel Eu, daqui do meu céu, vou tremer Tremo e a corda balança Escorrego da corda bamba E a escuridão me alcança Pra se acabar mais um samba E mais um equilibrista do mundo de Deus É o fim! Carregou meus livros junto dela Umas cartas de amor e asneiras Levou também meu sono e, Deus! O dinheiro da carteira Mas o lenço com CG que ela mesma bordou, esqueceu