Põe tijolo, põe areia Faz São Paulo sem olheiras Retiraram do terreno O baldio do terreno Pé de café com pão Com manteiga, com poste da light e amor Cobertos de ouro e prata De outro dono de outra terra inata Forasteiros de arco-íris Nos fizeram incolores Qual Babel falaram grego Cada um plantou um trigo Somos filhos de andarilhos De bastardos filhos dos confins De tarantelas, malaguenhas Fados, amados pais-manés, sim Nascem nuvens da semente feitas do marrom Crescem luzes de repente feitas do lilás Vivem noites no poente feitas do azul celeste Morrem dias no acidente feitos do carmim Temos medo! Temos medo! Temos medo! Temos medo Temos medo de ser Seu rei mandou dizer Pra todos se esconder Somos tão partículas Mirados de um céu cinza, torvo Céu que vive procurando A chaminé do céu, e eu morro Que eu no Viaduto do Chá Mate as asas do suicídio meu! É um, é dois, é três, é já Está afundado o desvairismo! Viva a garoa Viva a garoa Viva a garoa e o Sol e o Sol e o Sol e o Sol