Alguém traz, por trás, paz, pânico Alguém fez um, dois, três mágicas Alguém quis cercar (a giz) cadáveres Alguém pôs no chão lençóis pros bêbados Havia o Sol purpúreo E luzes de mercúrio Mas quem me luzia De dia De noite Era Maria Maria, mãe das ruas Maria, mãe das suas Mulheres de esquina Divina de noite Divina de dia É quando a fumaça se esvai Que a gente percebe por trás Mulheres Pichações Lâminas Lápides Nasci assim! Libérrima assim! E piso pelas ruas Buracos e bitucas Bueiros, Marias Gastei minhas solas Pra entender seus dias Acordo o arranha-céu E posso caminhar Nas ruas alguém traz lágrimas!