Da sacada da casa A sacana abana A aba do chapéu panamá Lá da outra taberna Quem toma cerveja não pode ver A formosura da perna Daquela morena que lê o "DC" Quando lhe cai o intento De se levantar frouxa de calor Ela faz um movimento Me agita por dentro um intenso tremor Será que ela sabe E faz porque cabe À mulher ser assim? Será que ela morre De rir quando corre E se esconde de mim? Da janela da casa A morena faz cena Rebenta os pés e samba e acena Lá do outro boteco Quem fuma um cigarro não pode ver O que eu vejo de perto O volume recluso pelo bustiê Será que ela sabe E faz porque cabe À mulher ser assim? Será que ela morre De rir quando corre E se esconde de mim? Quando lhe bate a vontade Ela por maldade apaga a luz Vem um vazio que me invade Me embota, desbota meus olhos azuis Será que ela tensa Se mexe e pensa No seu namorado? Será que na espuma Se banha, se arruma Pra vir pro meu lado? Será que assovia Na cama a alegria De uma foliã? Será que eu acabo Meu último trago E volto amanhã?