Metade da vida que perdeu Buscando por outro que não eu Tivesse ficado do meu lado Não tinha seu tempo estagnado No breque de um samba todo errado Em troca da vida que escolheu Morreu sem saber porque morreu Tombou sem pagar o seu pecado Orando pro céu descortinado Nos furos do zinco do telhado A soma dos dois não deu igual Primeira pessoa do plural, sem seu plural Olhando pro outro não se viu Comeu da comida que cuspiu No prato de ouro que ninguém serviu Disseram não era pessoal, não foi por mal Nem virou notícia de jornal, tudo normal Foi bem no começo que caiu Me disse o que disse, nem sorriu Pra sempre o pra sempre que não existiu