No quintal da minha casa nasceu uma flor Atrás da palmeira sob o Sol Sustenta sua túnica ao astro rei Dispersa o inseto ao farol Culpando o mormaço por assim dizer O vento zangado vai levando o pólen No quintal da minha casa nasceu uma flor Atrás da palmeira sob o Sol Sustenta sua túnica ao astro rei Dispersa o inseto ao farol Culpando o mormaço por assim dizer O vento zangado vai levando o pólen E desde criança no ventre da mãe começa a chorar Preocupa o mundo com as suas falsas bolsas d'água E desde criança no ventre da mãe começa a chorar Preocupa o mundo com as suas falsas bolsas d'água E vento O caule aflora por causa da dor De conter os espinhos ao redor Seu sangue dispersa no extremo da flor Algo bem mais rubro que o amor Nascendo assim a origem da prosa E da poesia A rosa E desde criança no ventre da mãe começa a chorar Preocupa o mundo com as suas falsas bolsas d'água E desde criança no ventre da mãe começa a chorar Preocupa o mundo com as suas falsas bolsas d'água E vento Na varanda de casa cresceu uma flor Atrás da janela a sombra do Sol Refresca sua vida com um regador Sorri a abelha e o caracol Voando, zumbindo, seu calmo andor Diz mais sobre o peso de sua casa Em suas costas E desde criança no ventre da mãe começa a chorar Preocupa o mundo com as suas falsas bolsas d'água E desde criança no ventre da mãe começa a chorar Preocupa o mundo com as suas falsas bolsas d'água E vento