Visto a armadura dourada de Oxum Que me encharca do néctar da grande Gaia Minha visão persegue os rastros dos Devas Que, fora do tempo, deixaram perfumes e pistas de um outro mundo Vi ondas onde eram flores E Yemanja me abençoou com o som do mar Que entrou pelo meus ouvidos me mostrando o Om da eternidade É noite E no mar escuro ouço um relampejo Que elétrico me invade todo o corpo Na Lua preta Iansã Me grita profundo Dentro do coração eu pulso E agora Eu sou Ora ieie ô Oxum Na cachoeira eu vou sumir Vou me juntar Com as marolas do fundo do mar Odoya, minha mãe Yemanja Eu fui pro mar, eu fui pro mar pedir a força Força do canto que sopra em mim Eparrei Iansã, troveja Eu toco o céu e a terra Sou início e fim