Trago a vivência campeira De um tempo que se desgarra E um sotaque de fronteira Na pronúncia da palavra A fala meio cantada O mil gracias, tudo bueno E a procedência timbrada Na terra a qual pertencemos Esse dialeto mesclado Crioulo por natureza Corta a voz dos descampados D'onde um bruto tem beleza Sou parte desse universo Tão único e natural Que se esparrama num verso Cada vez mais regional Quem é da campanha canta o que este campo produz Seja rodeio ou bailanta, pra onde o destino conduz Pois, na alma e na garganta, transporta cantos de luz Quem é da campanha canta o que este campo produz Quem é da campanha canta o que este campo produz Seja rodeio ou bailanta, pra onde o destino conduz Pois, na alma e na garganta, transporta cantos de luz Quem é da campanha canta o que este campo produz O que, de mais importante Meu sangue antigo carrega É a raça que não se entrega E empurra o pago pra adiante Há um sentimento de pátria Essência pura de pampa Que, em cada gesto, relata O que retrata na estampa Sou contador de uma história Escrita assim como eu falo Forjada em tempos de glória Que se sustenta a cavalo Canto uma origem sagrada Com seus modos e matizes Se não cantar minhas raízes É melhor nem cantar nada Quem é da campanha canta o que este campo produz Seja rodeio ou bailanta, pra onde o destino conduz Pois, na alma e na garganta, transporta cantos de luz Quem é da campanha canta o que este campo produz Quem é da campanha canta o que este campo produz Seja rodeio ou bailanta, pra onde o destino conduz Pois, na alma e na garganta, transporta cantos de luz Quem é da campanha canta o que este campo produz Quem é da campanha canta o que este campo produz