Imperatriz pediu licença pra sonhar E celebrar um menestrel camaleão Que pinta a pele, fere a carne e rói o osso Ney Matogrosso é bicho solto da canção Voa com plumas de pavão Sem medo, com liberdade e ousadia Xamã tupiniquim em poesia Neanderthal Sua coragem revela o bicho homem Em purpurina e aquarela Vira, vira, vira, virou É show! Pra todo povo aplaudir E a bateria brinca na Sapucaí Nos palcos com molejo contorcido Pintou a cara pra não ser reconhecido O doce e o amargo Dos Secos e Molhados Numa bandeja alimenta os sentidos Seu sangue latino botou pra ferver É bloco na rua, festa e prazer Bandido, cigano Corpo nu iluminado Pro dia nascer feliz