Cálice

Chico Buarque

Composición de: Chico Buarque / Gilberto Gil
tonalidad: E Afinación: E A D G B E
E                        G#                             A
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai, afasta de mim esse cálice
     A                  E         B7             E
Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue

        C#m              C#m7M           C#m7         F#
Como beber dessa bebida amarga, tragar a dor, engolir a labuta
         A7M                F#             B7      B7          E
Mesmo calada a boca resta o peito, silêncio na cidade não se escuta
        C#m              C#m7M           C#m7         F#
De que me vale ser filho da santa, melhor seria ser filho da outra
         A7M                F#         B7                   E
Outra realidade menos morta, tanta mentira, tanta força bruta

E                        G#                             A
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai, afasta de mim esse cálice
     A                  E         B7             E
Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue

        C#m              C#m7M           C#m7         F#
Como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano
         A7M               F#                  B7             E
Quero lançar um grito desumano que é uma maneira de ser escutado
        C#m              C#m7M           C#m7         F#
Esse silêncio todo me atordoa, atordoado eu permaneço atento
         A7M                F#             B7                  E
Na arquibancada, prá qualquer momento, ver emergir o monstro da lagoa

E                        G#                             A
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai, afasta de mim esse cálice
     A                  E         B7             E
Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue

        C#m              C#m7M           C#m7         F#
De muito gorda a porca já não anda, de muito usada a faca já não corta
         A7M                F#             B7                  E
Como é difícil, pai, abrir a porta, essa palavra presa na garganta
        C#m              C#m7M           C#m7         F#
Esse pileque homérico no mundo, de que adianta ter boa vontade
 E        A7M                F#             B7          E
Mesmo calado o peito, resta a cuca dos bêbados do centro da cidade

E                        G#                             A
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai, afasta de mim esse cálice
     A                  E         B7             E
Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue

        C#m              C#m7M           C#m7         F#
Talvez o mundo não seja pequeno, nem seja a vida um fato consumado
         A7M                F#             B7                  E
Quero inventar o meu próprio pecado, quero morrer do meu próprio veneno
        C#m              C#m7M           C#m7         F#
Quero perder de vez tua cabeça, minha cabeça perder teu juízo
         A7M                F#             B7                  E
Quero cheirar fumaça de óleo diesel, me embriagar até que alguém me esqueça
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