Tempos tão fugazes, tempo tão voraz Amores virtuais, rancores canibais Angústia, solidão em redes sociais Os sonhos dissolvidos nos apelos comerciais Vidas tão expostas, vidas tão devassas Às vezes escancaradas nas redes de TV Inveja e egoísmo, devassidão e consumismo Quem vai nos perceber? Podemos nos perder Cadê bumba-meu-boi? Cadê meus carnavais? Hoje encontro meus vizinhos nos quintais a se esconder Quem vai nos perceber? Quem vai nos encontrar? Podemos nos perder Google, GPS, Wikipédia, Facebook Num planeta conectado, pessoas tão solitárias Consumo exacerbado, pessoas não solidárias Fracassos, frustrações, sensações incendiárias