Olhei para um lado Para o outro, nada. Olhei para mim, lá dentro Sequer alguém... Vasculhei minha alma Em todo canto sequer ninguém Telefonei para os amigos, Perguntei para os vizinhos, Anunciei: “Procura-se, gratifica-se bem”. Insucesso, recorri à polícia Ao Instituto Médico Legal “Não sei, não conheço”, disseram, eu tava mal Indaguei então à minha ausência Onde estou que não morri? Por acaso alguém há pouco me viu passar por aqui? Espelho, espelho meu onde estou? Este não sou eu! Devolva-me! Espelho, espelho meu onde estou? Este não sou eu! Devolva-me!