Quando os rios secaram na imensidão A floresta chorou em consternação As lavouras clamaram, o céu emudecido Era a hora do herói O brado destemido Das terras distantes ouve o chamado Luz é a kurunas do rio encantado A pororoca rugia em desafio feroz Mas com coragem, ele ergue sua voz Angaturama guerreiros dos Mura Na correnteza do destino Tua força pertura, com Juruaçu Guardiã dos segredos Sobre a tartaruga eles rompem o medo Nós remansos profundos A cobra liberta Amazônia renasce a esperança e certa Os rios voltam a dançar sobre o sol encarnado É o herói retorna ao seu povo honrado Angaturama nas águas reluz Em cada banzeiro sua força conduz Com juruaçu o espírito ancestral A floresta celebra seu ciclo vital Angaturama nas águas reluz Em cada banzeiro sua força conduz Com Juruaçu, o espírito ancestral A floresta celebra seu ciclo vital