Dorme neném Que o bicho vai pegar Papai foi passar droga Mamãe foi vadiar Meu Deus não deixe que mais uma criança cresça Oitão na cintura ratababy na cabeça Esqueça e veja o futuro que lhe aguarda Senhor da razão diploma na mão o dono da parada O tempo lhe mostrará o verdadeiro sentido da vida Pai bandido Mãe vadia Maconha muita cocaína Você sentirá na pele o que é ser bandido tendo que escapar dos homens desviar de tiros A vida bandida de seu pai herdará No crime algum dia também estará Consumindo a parada ou passando o produto Lá estava seu pai em um beco escuro Dando um tapa na parada Que erva danada Sustentava a lombra dando um rolê na quebrada Enquanto a velha vadia recebia freguesia São dez horas véi Vai começar a festinha Um teco na ideia Um corpo caído Mais uma vez a vagabunda esquecia o seu filho Trancado no quarto ou no banheiro Que pesadelo a sala virou um putero São várias noites sem poder dormir Mais o sangue de bandido já lhe faz sentir O ódio quê lhe desperta pro mau Sua casa com certeza um verdadeiro arsenal Um trinta e oito seu primeiro brinquedo O bandido velho orgulhoso batia nos peito São seis horas começa a escurecer são trinta gramas de pó pra vender Enquanto a velha vadia abri as pernas liberar O moleque dormi sonhando com a favela e altos ferro Aqui quem fala é o Zala Versos ao Verbo Velho agrestime minha quebrada favela Dormi neném e sonhe com ela Dorme neném Que o bicho vai pegar Papai foi passar droga Mamãe foi vadiar Dorme neném Que o bicho vai pegar Papai foi passar droga Mamãe foi vadiar O pesadelo então começa a você explico, o silêncio da noite Quebrada ao som de tiros Na quebrada um pipoco Mais um homicídio Mais uma vida se vai na mão do bandido Na malandragem sempre existem segredos Nem que pra isso véi, você seja o primeiro A bandidagem não perdoa odeia traição Quantos velórios já fui de chegados irmãos A vadia sai de casa Seu filho trancado O moleque a cada dia fica mais revoltado Indignado observando tudo aquilo No futuro imagino um assassino frio Muita coisa véi, ainda vai rolar O velo aumenta se cresce faz sua fama Com muita cocaína, maconha e merla E a velha vagabunda abrindo as pernas No começo é bacana tudo aqui é festa Cheque sem fundo 7-1 É o que interessa Muita droga, muito crime, muita vadiagem Carro importado véi BMW na garagem Depois vem o derrame Somou seu prejuízo Mais um barão falido É Perdendo a moral Desrespeitado e tal Devendo a própria cabeça é mal A mãe vadia agora véi desaparecida Que triste fim eu vejo pra essa vida bandida Pra alguns tristeza Pra outros alegria Durma bandido Durma vadia Agora o muleque está só como sempre foi Sentido de vida agora e depois Hey Cirurgia Moral véi Pá, pá É Dorme neném que o bicho vai Pegar Dorme neném Que o bicho vai pegar Papai foi passar droga Mamãe foi vadiar Diariamente trancado Sem poder sair Agora os tempos são outros E o muleque tá louco Ele só quer curtir Na roda dos camarada Cerveja gelada Uma mesa Quatro banco Dominó na parada Caiu um quina de terno Acende mais um cigarro e bota mais um teco Curtindo um som bandido altos baile rap Versos ao Verbo Cirurgia Moral É o que prefere Na quela mesma esquina onde seu pai portava merla Hoje é vendido a cocaína do mais novo dono da quebra Conseguiu erguer a bocada Dedo duro do vizinho delata a parada Viatura Luzes apagadas Marcus mocinha Divinata e petronar Invade a casa Com muito derramamento de sangue Tiroteio entre gangues Pois o silêncio toma conta da quebrada O muleque foi atingido E não escapa E como velho pai bandido O neném também morreu de tiros Agora dorme de verdade Sem sonhar com a quebra Pois é um sonho eterno Que nunca mais desperta A quebrada do agreste Continua fera muita violência Ruas escuras Cada pivete com um oitão Bala na agulha Um sentimento de revolta é foda pra quem perdeu um irmão rocha Agora sim só nos resta esperar Será que alguém ainda quer sonhar Se quiser é só dormir neném Que o bicho vai pegar Dorme neném Que o bicho vai pegar Papai foi passar droga Mamãe foi vadiar