Ia de um lado ao outro do apartamento às dezesseis Ia de um lado ao outro De quando em vez saia por sair Das três às cinco o caos era maior Das sete às dezessete era café E até as nove ria pro jornal Ia de um lado ao outro Sorriu à Guadalupe no altar Vagou com vagalumes por aí Ligou o toca disco às vinte e três E fez um rebuliço de manhã Já não sabe o rapaz o que faz, o que traz na cabeça Tem coisa à beça, sabe como é E o que cabe no tempo e no espaço Do seu pensamento no aperto do apartamento às três Janelas, nem por elas entra ar Quem dera um tapete voador Voar com o vento do ventilador Remar num rio abaixo do colchão Já não sabe o rapaz o que faz, o que traz na cabeça Tem coisa à beça, sabe como é E o que cabe no tempo e no espaço Do seu pensamento no aperto do apartamento às três Ia de um lado ao outro do apartamento às dezesseis