Tantos passos espalhados pelo chão Minhas pernas se cansaram de andar sem rumo Só por precisão A derrota bem clara diante do Pai tempo As palavras nunca revelaram O que não sei dizer Minha alma se derrama qual cachoeira Seus mistérios são minas, tesouros, labirintos Pudesse explicar Tão serena, um pouco Zen, Cristão, Budista Imbuída de amores e todas as máscaras Num constante vai e vem A minha voz ecoa nas montanhas Minha garganta é navalha Pode te cortar Sou forasteiro cheio de manha Vivo das madrugadas e pelas manhãs Não queira me amar Passarinho, beijar-flor sem ninho Já foram tantos os caminhos e pedras