Foi chegando lentamente, como brisa leve na escuridão Seus olhos bem avermelhados, um olhar cansado, uma irritação Seus pés descalços destroçados, amordaçado era o seu pensar Seus sonhos presos no passado, o seu presente era caminhar Caminhar Nas suas vestes desbotadas, marcas fincadas do que passou Lembranças já desfiguradas, carbonizadas pelo desamor, desamor Mas acima do bem e do mal, além de todo o inferno astral o grande Eu sou! Palavras que lhe fogem da boca invadem a alma e o coração Somente a mente de quem sente permanece viva em cada direção Nos seus estranhos pensamentos, nada mais parece incomodar Em meio a ressentimentos, o seu momento é de chorar, de chorar Lágrimas que ainda restam e ainda testam seu interior Pelos tantos sonhos destroçados, tão arrasados pelo desamor Desamor Mas acima do bem e do mal, além de todo o inferno astral o grande Eu sou!