Sou sobra da estampa dos velhos vovôs Me planto no tempo que vive a cruzar Me entrevero na história já meio apagada O resto da lenda que me faz lembrar Os dias de entontem bem longe se vão E a sobras ficaram nos ranchos vazios O preto dos panos cobrindo tristezas Da prenda que chora o peão que partiu Que tamanha tristeza de guerras passadas Os heróis e os valentes que a raça mostraram Mostraram que a raça gaúcha é bem forte Choramos os bravos que lutando tombaram Esta terra tem dono, ecoou nas canhadas E o sangue farrapo ferveu já nas veias A bravura e coragem de toda minha gente O gaúcho é valente não foge a peleia De que adianta ser bravo e valente guerreiro Se não és só peleando que se ganha garrão Os que concitam uma guerra a olham de longe Será que é herói o que mata o irmão?