Tiraram os nossos chinelos A fome não se revelou Um amigo seria o inverno A chuva não se rebelou de suas nuvens Se precipitou Mas não caiu Se arrependeu Mas não se arredou Nem a gravidade amou E não sei se cair É mais belo que um menino Um El Niño avassalador Curumim, guri, menino Trouxe ao ninho De uma ave a dor Uma mãe e um filhinho à sós Por essa imensidão Sertão, eu te amo! Se o mar vir E o Sertão virar mar Eu vou nadar o delta do Parnaíba Ir além Eu vou juntar Os meus lençóis com os teus De Aracaju a Parintins viajar E me molhar nos teus lençois E no teu mar A tua terra ir arar Um lampião conselheiro Pra cultivar café sem Taubaté E me molhar nos teus lençóis E no teu mar A tua terra ir arar Um lampião conselheiro Pra cultivar café Sem Taubaté