Aonde vai parar toda essa maldade Eu moro num país sem fidelidade E cada vez vou ficando sozinho Me vejo prisioneiro de um labirinto Ninguém se importa na verdade com o que eu sinto Salve-se quem puder! Essa é a lei, apertem os cintos! País de devoradores picaretas Congresso de ladrões e de mutretas Toda essa merda acaba em carnaval Isso é uma vergonha!, diz a TV Mas o que importa é a bunda da loura tão demodê E mais uma vez enganaram você Saboreio a incompreensão dos que me cercam Testemunhando a queda dos que me detestam Carrego sob o peito a vontade de mudar E como um exército de um homem só Tento me desfazer desse grande nó E o dilema é continuar ou virar pó Cuspo eternamente nessa estrutura Onde a democracia também é ditadura Tudo é maquiado e embalado pela TV Nada é transparente, só há mistério Parece que tudo vai bem, que nada é sério E mais uma vez enganaram você, você! Tenho raiva E o meu corpo arde Há uma chance, nada é tão tarde Apesar de nadar entre mortos Nesse imenso barril de porcos Tenho raiva E o meu corpo arde Há uma chance, nada é tão tarde Apesar de nadar entre mortos Nesse imenso barril de porcos Tenho raiva Barril de porcos Tenho raiva Barril de porcos Tenho raiva Barril de porcos Tenho raiva