Respiro para controlar A ânsia de encontrar Algum instante entre o tédio e o sofrer Lembrar: Tenho um corpo Qual será seu verso? O cinzel talha a pedra Em meu peito Cada um sente o que é O lápis marca a folha Na minha cabeça Ninguém sabe o que é Ausência que é estar aqui Renunciar o que não se tem Limites que libertam De um desejo sem fim Nada terminou agora Sempre é tempo de recomeçar Esquecer de mim Tornar-me quem sou Ausência que é estar aqui Renúncia que não me contém Limites que libertam De um desejo sem fim Sem apego, deixar-se viver Enfrentar meus demônios Saber seus nomes Movo os móveis ao meu redor Mudo a direção Doem os músculos que movo Para respirar Morro aos poucos, sem dó Mudas vingarão Dou ao mundo meu esforço Para melhorar… Um pouco Vagar obstinadamente Sem perda de tempo Deixar meu lugar Ir ao meu encontro Quem me diz o que preciso? Quantas vozes na minha cabeça! Viver é guardar algo que não se tem E esperar algo que não vem