O dono das ruas Do pranto a desenhar Nos rostos resenhas de casos Crônicas de lágrimas Que somente os anos puderam explicar O violão gaguejando Com intimidade secular Cada belisco uma ponta De saudade no peito a vazar O amor sempre rimando em dor O amar conjugando o verbo chorar Hoje chamas saudade E a homenagem chega tardia É o pranto de poeta Lembrando sua partida A voz marcada de noites De goles e risos de mesa de bar O alvo cabelo de tanto sereno Os versos cantados a soluçar Não se compreende o poeta Quem não tem no peito a dor é assim Quem imagina que a bela flor É que no futuro enfeitará seu fim.