O rastro das vozes sumiu pelos corredores As janelas se fecharam, ficaram só os rumores O chão guardava as marcas de passos que não voltam mais E a saudade gritava mais alto do que a paz Meus olhos procuraram um olhar que me entendesse Mas só encontrei paredes, e um vazio que entristece Na penumbra da noite, entre lágrimas sem cor Clamei em desespero: Alguém ainda me ouve, Senhor? E quando o eco respondeu com silêncio e dor Tua presença invadiu como vento de amor No silêncio do abandono, eu me rendo ao Senhor Entrego minhas feridas, entrego a minha dor Já não tenho forças, já não sei pra onde ir Eu me rendo, eu me rendo só Tu podes me seguir As cadeiras vazias ainda guardam meu lugar Como provas da ausência de quem não vai voltar Mas no breu da madrugada, quando pensei que era o fim A Tua voz suave sussurrou dentro de mim Eu não te deixei, estive aqui o tempo inteiro Sou o Deus que te levanta, teu abrigo verdadeiro No silêncio mais cruel, quando o mundo te feriu Eu fiquei, Eu fiquei fui Eu quem te cobriu No silêncio do abandono, eu me rendo ao Senhor Entrego minhas feridas, entrego a minha dor Já não tenho forças, já não sei pra onde ir Eu me rendo, eu me rendo só Tu podes me seguir Eu me rendo Eu me rendo Toma tudo que é meu Eu me rendo Eu me rendo Minha vida é Teu troféu Eu me rendo Eu me rendo És o Deus que nunca vai partir Eu me rendo Eu me rendo Só em Ti quero existir Foi no chão da derrota que Tua luz brilhou E nas cinzas do meu nada, Tua mão me levantou Não era o fim da história, era só recomeçar No silêncio do abandono, eu aprendi a Te adorar No silêncio do abandono, eu me rendo ao Senhor Quando tudo se apagou, brilhou Teu amor Não preciso mais de forças, Tua graça me sustém Eu me rendo, eu me rendo pra sempre, amém No silêncio do abandono Eu me rendi E descobri Que nunca estive só