Fazendo a minha sorte toda vez que me levanto No canto do meu olho vejo um vulto de demonio Memórias hoje são vermelhas igual a minha pele era Na era da conquista não me olhem com espanto O espantalho segue imóvel ao terror inexplicável A falta de uma alma torna isso bem mais fácil O mundo se mostrando um lugar nada mágico Terra com água e alguns animais andando nela A viela da felicidade na avenida da vida E o jogo do mais forte vai te deixando feridas Intacto só aquele que não vive essa porra O que sofre de verdade não tem vergonha das marcas Prefere olhar pra elas e ver que nada ali foi dado Tudo que tem não é do melhor mas ainda é dele A mentalidade do encostado vai fazer ele viver fudido Iludido acreditando que depois tem outra chance Ando me tornando um terror galáctico Nada é mais fácil igual era em janeiro Mano eu tô tentando ser apenas verdadeiro Última constelação carregando medo Ando me tornando um terror galáctico Nada é mais fácil igual era em janeiro Mano eu tô tentando ser apenas verdadeiro Última constelação carregando medo Além da imaginação O mundo é tão pequeno Boneco de vodu de agulha não tem medo Heroína é a mamãe não vê o que eu vejo O lobo chega na rosa e não é pelo cheiro Púrpura A tortura do homem não acabará Lilás Eu quero ver o pôr do sol vir me beijar Vermelho O medo não é algo que vai me parar Roxo Algo que vai sempre me encorajar Não entendo agora e espero uma reviravolta Nunca vai ter Não vivemos em um filme A demora ancora o coração na derrota "Ei copa não dê coca na mão da cocota" Marcianos tão querendo foder o planeta Armados com o oculto ou um mano com escopeta Movendo a caneta em direção a minha cabeça Ideias tão na mesa e eu derrubo a gorjeta Zona de conforto é a zona de perigo Mina magra com a falta do pai fode o meu amigo Pirulito caído na rua e um choro alto Não volte no tempo pra olhar um erro já vivido Zona de conforto é a zona de perigo Mina magra com a falta do pai fode o meu amigo Pirulito caído na rua e um choro alto Não volte no tempo pra olhar um erro já vivido Minutos que eu tenho eu ando perdendo a cada segundo Eu ando adiantado mas nunca mais que o mundo Por nunca chegar num ponto Porque aí eu evoluo Cores blues abstratas Impossível é tão fácil Na cabeça e não na rua A viagem é demorada Mesmo a minha sendo curta A verdade é maleável até perco a minha postura Sei que tô ficando louco Isso é um pedido de ajuda Mamãe vê que o filho já não se alimenta bem Ele tem problemas com a aparência e a solidão Olha no espelho e vê a cara da morte também Errar é um ato que para um homem nunca é permitido Oprimido o desejo Homicida pela vitória Um herói é amado mas dificilmente fica pra história Mudando a ideia que eu tinha a vida ficou menos bela Odiei quem eu era a ponto de me matar na primavera Kobe me mostrou que o trabalho duro vale a pena Durma pouco e se dedique muito pra viver uma vida plena Uniforme manchado de suor é o meu normal Ando procurando a solução invés de mais problema O dilema do cansado é a preguiça de se levantar Nada muda e nem vai mudar pra quem só quer reclamar Não adianta nem tentar se tu não ama de coração O cansaço após o jogo é o significado de ganhar Mortal igual uma cobra e leal igual um cachorro Venenoso igual o espinho que protege a bela rosa Então não seja bobo e deixe cair esse choro A sensibilidade é algo nobre hoje em dia Marcando mil pontos e é só o primeiro tempo E se eu não marcasse ainda teria muito tempo Na real é que na vida o mais valioso é o seu tempo Melhor parar de repetir e aproveitar o que eu tô perdendo Queria tanto ter um robô gigante Para viajar pelo universo e conhecer novos planetas Vida inteligente que cultiva o amor Igual eu queimo a maconha na seda Eles vão ver que a minha arma é muito afiada E perfura forte tipo bayonetta Ela atira igual escopeta É uma caneta carregada com tinta preta Eu lembro quando era menor e brincava com o meu primo Com armas de brinquedo Eu lembro quando era adolescente E queria ter uma de verdade pra acabar com o meu medo Quando me tornei um adulto Eu queria ter um emprego e ganhar muito dinheiro Agora com barba na cara eu queria ver meu primo que a muitos anos eu não vejo Machuquei pessoas por não conseguir lidar com a dor que outras me causaram Agora eu vejo que algumas que eu só usei como objetos Na verdade me amaram Me amarraram no passado porque agora eu entendo como eu fui um otário Quando eu saí do armário Eu ganhei um namorado E os laços com meu pai acabaram Naquele dia que a água imundou a minha casa Eu me tornei uma pessoa nillista Eu prometi pra minha mãe que ia contar todo o acontecido numa entrevista Rolling stones igual Mick Jagger Eu vou ser um rockstar e estampar uma revista No final do livro eu acredito que a minha trajetória vai me tornar um antagonista