O meu reino tem muito a dizer Não se faz como quem procurou Aumentar os celeiros bem mais e sorriu Insensato, o que valem tais bens Se hoje mesmo terás o teu fim? Que tesouros tu tens pra levar além? Sim, Senhor, nossas mãos Vão plantar o Teu reino O Teu pão vai nos dar Teu vigor, Tua paz O meu reino se faz bem assim Se uma ceia quiseres propor Não convides amigos, irmãos e outros mais Sai à rua a procura de quem Não puder recompensa te dar Que o teu gesto lembrado será por Deus Sim, Senhor, nossas mãos Vão plantar o Teu reino O Teu pão vai nos dar Teu vigor, Tua paz O meu reino, quem vai compreender? Não se perde na pressa que tem Sacerdote e levita que vão se cuidar Mas se mostra em quem não se contém Se aproxima e procura o melhor Para o irmão agredido que viu ao chão Sim, Senhor, nossas mãos Vão plantar o Teu reino O Teu pão vai nos dar Teu vigor, Tua paz O meu reino não pode aceitar Quem se julga maior que os demais Por cumprir os preceitos da lei, um a um A humildade de quem vai além E se empenha e procura o perdão É o terreno onde pode brotar a paz Sim, Senhor, nossas mãos Vão plantar o Teu reino O Teu pão vai nos dar Teu vigor, Tua paz O meu reino é um apelo que vem Transformar as razões do viver Que te faz desatar tantos nós que ainda tens Dizer sim é saberes repor Tudo quanto prejuízo causou Sim, Senhor, nossas mãos Vão plantar o Teu reino O Teu pão vai nos dar Teu vigor, Tua paz Dar as mãos, repartir, acolher, servir!