Aprimorei o faro nas esquinas Entrei na dissonância dos mendigos Na praça conversei com muito velhos E andei nos seus caminhos percorridos Eu fui guri do campo na cidade Com a mesma liberdade das distâncias Apenas o meu verso é que mudou De doce se amargou Chorou infância No mais eu não mudei Ainda canto milongas no violão, que é mais um vício E busco na janela a inspiração Falando de um galpão neste edifício Eu quero manter vivo o que sorri No tempo que eu nem vinha na cidade E agora, que ironia, eu sou saudade Querendo achar o tempo que perdi Eu fui guri do campo na cidade Com a mesma liberdade das distâncias Apenas o meu verso é que mudou De doce se amargou Chorou infância No mais eu não mudei Ainda canto milongas no violão, que é mais um vício E busco na janela a inspiração Falando de um galpão neste edifício